A experiencia A
2006-05-09
  madalena
aqui começa [começa?] uma série [série?] que justifica o aparecimento desse outro blog. tentarei registrar certos exemplares interessantes de arquiteturas por aí, nas minhas passagens por lugares e os colocarei aqui, pra que os comentários tentem tirar as teias de aranha que se juntam aqui há anos... ajudem-me, pois...

essa casinha de aparência modernista, de prováveis 50 e poucos anos de idade impressiona pela forma como ainda se impõe no meio que foi sendo construído ao seu redor. ela consta de uma massa prismática trapezoidal que se encosta no recuo, provavelmente o mínimo permitido pela legislação vigente, recurso que favorece a dramaticidade dessa massa enorme que avisa ao pedestre da sua presença.

além do enaltecimento do peso do volume, outro fator que ajuda na sua imposição é o próprio tratemento da fachada, superfície de contato com o pedestre e com a própria cidade. a forma trapezoidal subentende uma linha diagonal que já cria tensão suficiente para que ela não passe despercebida. essa tensão é reforçada pela impressão de que o grande e pesado [e 'desequilibrado'?] volume está 'voando', em balanço, mas não está: o tratamento dado ao apoio desse grande volume é competente o suficiente para que se ache que o pesado 'voa', ou que, num segundo olhar, está apoiado numa tênue esquadria de vidro e alumínio, o que pode ser chamado de loucura, impossível... aliado a isso tudo, ainda há o arremate da varanda, que quebra o volume, ao mesmo tempo em que reforça sua massa característica, além de ser um recurso plástico muito bem resolvido.

no final, depois de tantos anos passados, a pequena senhora ainda mantém sua dignidade por ter sido bem gerada, bem criada, bem tratada durante a vida, e agora, na maturidade, bem relacionada com seus vizinhos e para com a cidade, o que pode ser constatado pelo baixo muro, que deveria separá-la do universo exterior.

coisa de mulher bonita, arrojada, desenrolada...

coisa de Mulher!
 
Comments:
terraqueo,

nossa missão na terra fica muito feliz com a sua adimiração por nossa arquitetura, mas infelizmente o seu conhecimento não pode ser divulgado e teremos que apagar a sua memoria pois você põe em risco a nossa permanencia no seu planeta.
 
é um 'marquiteto', mermo...
como assim, "sua" arquitetura, cara-pálida?
 
cara-palida nada, cara verde, me respeite, seu cara-de-pau. Nossa sim, ou você acha que um povo como os terrequeos consumidores da opulência e da ganancia seria capaz de tamanha delicadeza, audacia e despojo?
 
é verdade... então, pra ser bom, deve ser extra-terreno, mermo, né?...
por isso que vosa fuderância se auto-intitula como tal, não?
 
eu sou fuderante pq sou ET ou sou ET pq sou fuderante
 
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